segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Silêncio de um amor
























O frio se fazia intenso, e o vento
era como uma cortina de gelo
se contorcendo, congelando ainda mais o seu corpo
que clamava pelo calor do corpo dele.

A noite caminhava, pelas longínquas estrelas do céu,
indiferente aos olhos que as fitavam.
Ela mais do que nunca, sentiu a solidão que a esmagava,
E o frio que vinha de sua alma, era cortante,
a deixava entorpecida.

Agora sabia que o amor quando se vai
deixa um vazio que nada preenche.
Chamou por ele, não houve resposta.
Nunca mais o teria. E ela chorou, deixou-se doer,
desfez-se em versos tristes, e virou poesia.

Maria Bonfá
31/12/12


sábado, 29 de dezembro de 2012

Lembranças



















Remexendo
em meus guardados
Encontrei lembranças
de nós dois
Memorias de um passado
intensamente vividos

Senti que por um instante
Minha alma saiu de mim
Tamanho o vazio que senti
Estou sem voce!...

São tantas recordações!...
Tantos sonhos
que não se realizaram
Em qual caminho nos perdemos?
Onde nos desencontramos?

A saudade é imensa
do amor que vivemos
e do que poderiamos ter vivido...

Ah! Meu amor!...
Eu queria ter
bebido a vida contigo
até me embriagar..
Ter me perdido no seu amor
e o caminho de volta
não encontrar.

Voce meu cantinho
de ternura de acalanto
Meu beija-flor da minha flor
Amor meu que perdi pelo caminho
Maktub...

Maria Bonfá

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Complexidade



































Não deveria estar triste,
mas de fato estou.
Queria não ter ansiedade,
mas estou ansiosa.

Desprezo a autopiedade,
Mas sinto-me fraca para abandoná-la.
Quero mover-me rapidamente,
mas meus passos estão inertes.

Tinha o ideal de muito construir,
e a realidade só fez destruir.
Almejei tantas coisas,
que se esvaíram ao vento.

Revolto-me contra a indiferença
que eu sinto ao meu redor
Uma chuva suave está caindo
Mas meu coração quer tempestade

Rejeito o mundo externo
E mergulho na minha intimidade.
Um jogo de realidade e ilusão,
A verdade lutando com a mentira.

E quem pode dizer
o que é certo ou errado?
e nessa confusão de meus pensamentos,
sinto-me extenuada.
Por saber que somos medidos
pelo que temos, não por quem somos.
Essa é a moral do mundo.


Maria Bonfá

domingo, 16 de dezembro de 2012

Essa tua boca


































Essa tua boca gostosa
Que se faz de dengosa
E que eu amo beijar,
Boca que me chama
Sem nada dizer...

Quando tu me olhas com
Esse olhar sedutor
Abalando tudo em mim
Espero, desejo,
Quero sua boca em mim...

Beija-me primeiro com o olhar
Já me deixando a sua mercê
Sem defesas, sem reservas
Deixo-me beijar...

Quando sua língua toca a minha
Já não consigo mais pensar.
Arrepios que sobem e me
Fazem querer mais
Ah! Que boca gostosa de beijar,
De morder, de sentir de amar!...

Maria Bonfá

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Saudade















É dificil para mim entender
tua ausência.
Sinto um vazio no peito
Uma dor que me corroi.

Pensamentos desordenados
Sempre um eterno perguntar
Porque?

Tenho tanto amor dentro de mim
Amor por ti!
Amor pelo nosso amor!...

É um amor infinito
Brota pelos meus poros
Exala por todo meu ser
Não me deixe assim tão só!...
Tudo fica tão sem graça e sem cor

Eu me acostumei a ver a vida
Pelos olhos teus
Falta Você aqui.
Falta você em mim
Falta tudo enfim...

Maria Bonfá

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Indiferença























Sei que um dia serei para ti
Apenas uma vaga lembrança.
Nunca saberás ou entenderás
A dimensão do meu amor.

Dei-me inteira a ti
Nunca percebestes minhas lagrimas
Escondidas em meu sorriso
Quando eu te fitava com amor

Nunca sentiu meu coração
Que pulsava louco de paixão
E chorava de dor
Diante de tua indiferença

Talvez um dia sintas saudade
Talvez!....

Maria Bonfá



















domingo, 9 de dezembro de 2012

Lembranças


















Da janela do seu quarto ela gosta de olhar a vida.


Pouca coisa consegue ver da altura em que se encontra.

Avista uma selva de pedra, prédios que avançam ávidos para o céu,

parecendo que ainda não descobriram onde parar.

Na avenida que nunca dorme, carros e caminhões apressados,

cortado as vezes pelo som de uma ambulância,

rasgando tudo com seu grito angustiante.

Vida que tem pressa, mas pressa para que?

Um mundo de pressa para ir e para vir. .todos agitados, nervosos.

Olha para um quarto que não é o seu.

Sente-se uma hospede que ainda não se instalou.

Lembra com saudade de sua cidade no interior,

lá a vida passa devagar, num marasmo as vezes irritante.

Todos se conhecem, ninguém tem pressa.

Sempre há tempo para o sorvete tão gostoso lá da esquina,

o cheiro do pão quentinho logo pela manhã.


Amava sua casa, lembra dos detalhes de cada objeto com carinho.

Tivera que se desfazer de tudo, tantas lembranças,

tantas histórias deixadas para traz ..

e sua companheirínha?

- Uma fox que era sua paixão, também se fora,

deixara um vazio enorme em seu coração.

Lembrou-se "Dele", um sorriso de ternura deu vida a seu rosto.

Fora tão louca, tão insensata

O conhecera de uma maneira inesperada:

- Num sábado a tarde saiu para fazer compras, estava cansada,

supermercado cheio, um calor insuportável,

detestava fazer as compras do mês.

Aquele barulho, a agitação a deixavam cansada e com dor de cabeça.

Depois de uma fila interminável no caixa,

lembrou-se que esquecera de comprar um queijo.

- Que droga pensara!

Voltou novamente para a fila, e viu que um homem a olhava .

Ficou em duvida se era para ela mesmo.

Olhou dos lados e teve a confirmação.

Sorriu de volta toda ruborizada.

Mas gostou da sensação de estar sendo admirada,

ou talvez até desejada.

Quando saiu dali, ele a seguiu de carro, conversaram e descobriram

tantas coisas em comum!

Trocaram telefone, ela saiu dali com o coração aos pulos,

sentia-se novamente uma menina,

nem se lembrava mais dessa sensação de estar sendo desejada.

Esperou com ansiedade pelo telefonema.

Quando o primeiro telefonema aconteceu,

sentiu uma alegria que mal disfarçava.

Começaram a se falar todos os dias por telefone,

passou a viver esperando por aqueles momentos,

um falar sussurrado.

As mãos trêmulas, coração disparado.

Seus olhos agora brilhavam, sorria sempre,

sentia-se feliz como nunca imaginava ser possível

Às vezes sentia medo de tanta felicidade.

Mas logo esquecia e sonhava.

Apaixonou-se de uma forma louca e devastadora.

Ah! E o primeiro encontro!

Os dois ficaram tímidos, quase sem saber como agir.

E veio o primeiro beijo, foi como se tivesse sido atingida

por uma descarga elétrica.

Fazia tanto tempo que não sentia o prazer de um beijo,

a delicia do toque das mãos dele traçando caminhos pelo seu corpo.

Queria mais e mais.

Quando ele adormecia, ela ficava a olhar seu rosto, seu corpo,

memorizava os detalhes,

cada traço, cada marquinha.

Amava aquela boca que a fazia sentir tocando o céu.

Sentia um prazer indescritível em seus braços.

Não conseguia pensar em mais nada.

Sua vida era ele.

Era só uma aventura para ele, nada mais, sabia disso.

Ela não.

O amava verdadeiramente, amava cada gesto, cada sorriso,

o seu cheiro, seu gosto, seu toque!

Quando foi que ele começou a mudar?

Não percebeu logo.

Ele começou a ficar distante, se ausentando aos poucos até dizer-lhe

que estava tudo acabado.

-Como viver sem ele?

Desesperou-se.

Não conseguia imaginar a vida sem ele.

Quase morreu de dor.

Uma despedida sofrida, uma dor lancinante a machucava.

Implorou para não deixá-la.

Humilhou-se, mas ele foi irredutível.

Sentiu que naquele dia uma parte dela morrera

e dera lugar a uma outra pessoa,

uma mulher apagada e triste. . .

Agora nessa nova vida, distante de tudo, longe do seu amor,

pensa que nunca mais sorrirá como antes.

Ninguém vive pela metade (Mas ela já era só uma metade fazia tanto tempo!)

Ainda liga para ele, só para ouvir sua voz e desliga sem dizer nada.

Hoje seu riso é só um leve sorriso que nunca aquece seu coração.

Seu olhar é triste, sem vida.

Se pudesse voltar atrás faria tudo de novo.

Queria voltar a sentir aquela alegria, aquele amor que foi vida, alegria.

Mas como tudo na vida passa o amor dele também passou.

Mas valeu a pena.

É melhor sentir saudade do que nunca ter amado



Maria Bonfá





















sábado, 8 de dezembro de 2012

Os cinco sentidos



































O amor não conhece regras
Use todos os sentidos
Para vivê-lo de forma plena

Toque... com volúpia
Delicíe-se... com o olhar
Ouça... cada sussurrar
Aspire... o cheiro do amor
Saboreie... cada detalhe

Deguste com prazer
Diversidade?
Lingua não tem sexo
Entregue-se!
Ame e deixe-se amar.

Maria Bonfá

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Nova vida



































Ela acordou de um sono inquieto, não se mexeu e nem abriu os olhos,

continuou imóvel, seus pensamentos anunciavam tempestade.

Descobriu que seu amor (aquele amor que supunha eterno) tinha outra.

Jamais imaginara sentir tamanha dor.

A decepção, a magoa e desapontamento, a feriam qual uma faca afiada,

rasgando devagarzinho seu coração.

Como não percebera?

Estivera sempre tão envolvida com o trabalho, sua casa, a rotina diária,

dedicando-se para que tudo fosse perfeito (como se enganara!)


Desde quando ele não a amava mais?

Começou a lembrar-se de fatos, ocasiões que antes não faziam sentido e agora

estava tudo tão claro!

Ele se afastara aos poucos.

Sempre o amara.

Era seu primeiro e único amor.

Nunca havia passado essa possibilidade em sua cabeça.

Acreditava na fidelidade e no amor eterno, se sentia assim em relação a ele.

Pensou em sair da cama, mas, qualquer movimento era demais para ela,

estava exaurida - sem forças.

A dor a matara por dentro.

Como viveria agora?

Sem sua presença, sem seu amor?

Isso a deixava mais vazia.

Não tinha forças para viver normalmente.

Com esforço tentou se recompor, levantou tomou um banho e foi para a cozinha.

Tomou um café e ficou ali olhando sem nada ver e sem conseguir pensar direito.

Lá fora o vento entoava uma canção avassaladora que lhe falava de trevas

e de um mundo incompreensível para ela.

Uma canção sem luz.

Talvez a sua alma estivesse sendo arrastada para as profundezas da terra e chamava por ela.

Invadiu-a uma enorme saudade de quando ele a abraçava e a acarinhava.

Antes era assim, sentia-se amada, querida e desejada.

Agora tudo tinha mudado.

Nunca mais haveria as noites de amor, as risadas as brincadeiras.

Nunca mais as surpresas fora de hora.

Toda alegria se fora.

O vento continuava a cantar a sua canção, ela ficou atenta as suas palavras.

Palavras estranhas e envolventes, cantada numa língua antiga,

uma língua mágica e hipnótica.


A porta da rua abriu e ele entrou. (Agora um estranho que invadia sua vida )

Nem se deu ao trabalho de se desculpar, pela noite passada fora.

(Não importava).

Ela continuou imóvel no mesmo lugar.

Caminhou até a janela, ficou ouvindo o vento, tentando entender a sua mensagem.

Não conseguia.
Olhou para os lados, para cada objeto que com tanto carinho compraram,

cada um tinha uma história.

Um sorriso repuxou seus lábios ao se lembrar.



Tudo havia ficado lá longe, distante, como a canção do vento.

Necessário seria tomar uma atitude.

A canção agora era outra:

- Falava de recomeço de vida de um novo amor e de Liberdade!

Soltar as amarras e voar, colorir a tela da sua vida.

Há muito que essa tela não recebia as pinceladas vivas da primavera.

Sim, lembrou-se era Primavera, hora de renascer, assim como a fénix,

como diziam os poetas.


Uma borboleta entrou pela janela e pousou em seus cabelos, era o chamado da vida:

- Venha viver!


Como encantada acompanhou o vôo da borboleta e sorriu.


Nunca mais, nunca mais o teria, ele também fez seu vôo borboleta.

Fitou tudo com emoção, mas ali só residia o passado.


Foi até a janela, olhou para trás, talvez numa despedida.

Permitiu que aquela última lágrima rolasse em sua face.


Deixou sobre a mesa a carta – a sua carta de alforria, abriu a porta e partiu.

Lá fora o céu estava lindo e o sol aquecia sua alma com a promessa de Liberdade e de Felicidade.

E o vento que soprava suave lhe dizia:

- Vá viver e ser Feliz!



_Maria Bonfá & Maria Flor_

Olhos verdes

















Quando nos esbarramos
Teus olhos foi o que mais
Chamou-me a atenção...
Por mais que eu tentasse
Não conseguia desviar
O meu olhar do seu olhar.

Olhos verdes, lindos
Intensos Sedutores,
Deixaram-me sem ação
Senti que todos os meus sentidos
Ficaram aflorados
A espera de um gesto seu...

E um sorriso atrevido brotou de seus lábios
Sabia como eu me sentia.
Eu era toda desejo e paixão
Havia mergulhado nos seus olhos
E deles não queria mais sair...

Forcei-me a voltar à realidade
Virei às costas e saí.
Ficou para trás, aquele momento
Aquela ilusão. Aqueles olhos verdes
Que por um instante,
Deixou-me com o coração na mão!...

Maria Bonfá

domingo, 2 de dezembro de 2012

Palavras





















Eu queria dizer-te
tantas palavras!...
palavras de amor

Mas palavras são apenas
palavras...
Elas vão e vêem ao sabor
da maré...

Eu queria dizer-te
tantas coisas
saídas do meu coração
palavras doidas!
palavras sem nexo!
Talvez...

Mas eu queria contar-te...
se você me escutasse
e os ventos ajudassem
O quanto estou louca
por ti...


Maria Bonfá

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Amargo Adeus



















Transborda em meu coração
Um sabor amargo de adeus
Desde o dia em que te perdi
Meu coração pulsa sem compasso.

Nunca imaginei que esse dia chegaria
Te perder ? Como viver com esse vazio
que nada preenche?
Mas,.... Fostes meu algum dia ?

Talvez nos meus sonhos
mais loucos imaginava que eras meu.
Foi só uma ilusão,um sonho que
agora transformou-se num pesadelo
doloroso dificil de acordar

É grande a dor que sinto
e a trago em mim como refém,
para manter-me viva...
Dor latente...
vermelha...sofrida...
Mas,querida,

Porque são lembranças suas
Senão for assim, desmorono!
Sabe! Eu na minha insensatês
ainda me iludo que um
dia terei você outra vez.

O tempo vai passar
Sei que verei tudo com outros olhos
E abrirei meu coração
Para novas emoções
Um novo amor,
Uma nova história



Maria Bonfá

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Decisão





































Sentia-se tão triste e desamparada!...
Uma saudade assustadora
invadia sua alma.
Onde foi que se perderam?
Quando aconteceu o desencontro?
Sabia que tinha sido aos poucos que ele a deixara,
mas, nunca quis ver e nem acreditar.
Como poderia suportar sua ausência?
Se tudo nela clamava por ele?

Fechou os olhos para senti-lo mais de perto
Recordava-se de cada detalhe
Aquela boca que a deixava sem fôlego
Os beijos sôfregos, intensos, cheios de amor e paixão.
Nunca mais...
Como sobreviveria sem ele?

Anulara-se completamente por ele
Agora sabia que nunca deveria ter feito isso.
Deixara sonhos para traz.
Planos que tinha traçado e abandonado no calor do amor.
Ficou ali a olhar ao redor e
começou a pensar em tudo que acontecera.

Decidiu que era a hora
de mudar tudo
Cansou-se da mesmice,e de tanta vida vazia
Colocou na mala alguns pertences.
Jogou ali num canto qualquer suas decepções,
e embalou seus sonhos.

Agora mais do que nunca eles
eram sua meta, seu desejo!
A causa de sua partida.
Olhou ao redor com o coração pesado e machucado
Nada mais a fazer ali
Com cuidado fechou a porta,
como se batendo com força
Fosse esmagar ainda mais seu coração.

Foi embora sem olhar para traz
Com isso fechou aquela página de sua vida
Não haveria retorno,nunca mais.

Maria Bonfá







quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Eu te amei
























Te amei com todo meu coração
e você não conseguiu ver
que sou feita de amor
e de entregas.

Tudo que vivemos
Ainda está tatuado em meu corpo,
impregnado com seu cheiro,
contido em minhas lembranças...

Talvez um dia, tu sentirás minha falta.
Quem sabe na hora do amor,
seu corpo irá chamar por mim...
Pois meus desejos conhecem
cada desejo seu,e cada poro de sua pele.

Meus braços não irão mais
te envolver em sensações
que te faziam delirar por mim...

Ah! meu amor,
não deveria ter sido assim
apenas um amor que hoje
se arrasta em uma saudade sem fim...

Maria Bonfá

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Amo-te assim





























Amo estar com você
Leva-me por caminhos
Que eu nunca havia sonhado
Seu amor e seu carinho
Dá-me paz e tranqüilidade...

Ao ouvir suas palavras
Sussurradas
Sinto com se fosse o leve ruído
Da brisa que passa
Pelas ramagens agitando
Calmamente suas folhas...

Tens esse poder comigo
Basta um toque,
Um sussurro
Para que eu me agite
E te deseje como nunca...

Desfruto plenamente desse amor
Amo-te pelo o que você é,
Por tudo o que me faz sentir
Amo-te
Sem explicação
Com ternura
Com loucura
Simplesmente amo-te assim!...

Maria Bonfá


















sábado, 17 de novembro de 2012

Recordações



































Recordações....


Ela sentia-se sufocar
no marasmo daquele dia..
O calor era insuportavel,
Sentou-se displicente numa poltrona,
e ficou a observar a tarde que caia..

Gotinhas de suor brotavam na pele macia...
Uma brisa morna,
balançou suavemente
as cortinas delicadas..

Tantos pensamentos!...
Perguntas sem respostas...
Um vazio imenso em seu coração..
A inquietação e ansiedade
a angustiavam..

Ela se perguntava o porque
de se sentir assim.
De repente, como se fora atingida por um raio.
tudo veio a tona,
e o coração disparou, a respiração ficou ofegante.

Ele se foi!..Não voltará!...
Nunca mais!...
Se conteve para não gritar de dor..
Flashs do adeus passaram por sua mente..


A despedida, o rosto amado que a olhava frio,
e a sua imagem desaparecendo na rua..
As lágrimas escorreram por seu rosto...
a saudade torna-se insuportavel..

Onde lera que é tão bom morrer de amor
e continuar vivendo?
Que mentira! ela vivera de amor
e estava morrendo de dor..

Recostou-se de novo e outra vez
aquela indiferença fria tomou conta de si..
Voltou a olhar o nada..
Estava tudo igual,nada mudara.
Só havia o vazio!...Mais nada..

Maria Bonfá














terça-feira, 6 de novembro de 2012

Desencontros























Foram tantos os
desencontros entre nós
que optei por trancar
nossas lembranças
no porão da minha alma.

Mas a saudade é insistente
sempre vem à tona
e fica repetindo
que eu ainda amo você.


Maria Bonfá
03/11/2012

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Tão seu





















É todo seu o meu sorriso
o meu amor e o meu olhar
É toda sua a minha alma,
minha vida e o meu cantar.

É toda minha, a ternura
que sinto em suas mãos,
ao me tocar.
Tão seu. Tão meu
Tão nosso!

Maria Bonfá
03/11/2012






sábado, 3 de novembro de 2012

Ternura


















Gosto dos dias de chuva
e do seu gotejar constante
deixando em nós a vontade
de aconchego..

Me aninho entre seus braços,
suspiro em puro enlevo.
É tanta ternura. É tanto amor...
É você meu amor!


Maria Bonfá
03/11/2012


quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Queria

















Queria tanto estar com você
tocar teu rosto e sentir
a barba por fazer

Recostar a cabeça no seu peito
sentir o teu cheiro,
O toque de suas mãos
minhas mãos a envolver

Queria olhar voce nos olhos
ouvir sua voz sussurrar
que é meu amor

Queria conhece-lo como ninguem
Degustar o teu sabor
Ouvi-lo falar de seus sonhos
Sonhando junto com os meus

Algo me prende a voce de um modo
que não consigo entender
E algo completa toda parte
que eu desconheço de voce

O destino nunca nos uniu
e não creio que o fará
mas desejo que uma força exista
para que nenhum de nos
entre no esquecimento


Queria tanto ter voce comigo
viver plenamente esse amor
que me consome
Mas...
é só um desejo nada mais


Maria Bonfá

sábado, 27 de outubro de 2012

Mulher madura























Toque-me com luxúria
Deixe que nossos corpos
ardentes e ávidos se busquem
desenfreados.

Amordaça-me com beijos
quentes e apaixonados.
Com ímpetos, me leve a loucura,
Seduza-me!

Maria Bonfá
27/10/2012










terça-feira, 23 de outubro de 2012

Meu menino























Fui atraída pelo mar de sua boca..
Mergulhei, e
dali não queria mais sair.

Perdi-me nos seus beijos,
molhados,mordiscados,,
e deliciosamente insaciáveis.
Meu homem, meu menino,eu te quero!

Maria Bonfá
23/10/2012

domingo, 7 de outubro de 2012

O Encontro ....(conto)











































Ela ansiava por aquele momento, por aquele encontro

mas sentia-se nervosa, trêmula.

Banhou-se demoradamente, usou e abusou do seu melhor

creme, até sentir sua pele macia, acetinada e suavemente

perfumada.

Caprichou em cada detalhe, sentia necessitada de estar

linda, envolvente, para esse tão ansiado encontro.

A medida que os minutos passavam e chegava o momento

de encontrá-lo, sentia seu coração disparado, suas mãos

tremerem e suarem, tudo muito intenso.

A respiração estava ofegante.

Respirou fundo diversas vezes para se acalmar.

Passou a escolher um vestido que combinasse com a forte

emoção que estava sentido.

Nada parecia lhe cair bem.

Lembrou-se de um vestido que ele gostava e optou por ele.

Maquiou-se com esmero, ajeitou mais uma vez os cabelos.

Por último o perfume, aquele que o embriagava.

Estava pronta!

Conferiu as horas e saiu ao seu encontro.

O trajeto era curto, mas parecia interminável, suas pernas tremiam,

e dificultavam um pouco seu andar.

Para descontrair foi cantarolando aquela música tão conhecida deles, e

sorria com ternura ao recordar a última vez que dançaram aquela música.

Finalmente chegou, ele a esperava, podia sentir seu coração batendo louco,

e a emoção que transbordava do seu olhar.

E olhar para aquele rosto tão amado era um sentimento que a deixava

fraca de desejo.

Ele se aproximou, tomou seu rosto com as mãos e fitou seus olhos

com tanta intensidade que se sentiu sufocar de emoção.

Acariciou-a com delicadeza sem deixar de olhá-la.

Mergulhou naqueles olhos e se deixou beijar.

Um beijo que lhe sorveu a alma, já não eram dois mas um,

no mesmo amor, no mesmo desejo.

Abraçou-o com força querendo dizer que era dele somente dele.

Não foi preciso palavras, foram para o quarto.

Os beijos foram ficando mais ousados,

as roupas arrancadas.

O desejo se fazia urgente.

Ela nunca fora tocada daquela forma, com carinho,

ternura e tanto desejo.

Ele a fez implorar para que a fizesse dele.

Foi um momento mágico, onde seus corpos ardentes se fundiram,

no mesmo desejo, na mesma paixão.

E de tanto prazer, amor, sentiu atingir as estrelas.

Relaxada sorriu e espreguiçou-se cheia de prazer,

ainda em transe, sonolenta.

Passou a mão no travesseiro e o procurou,

sentou-se rápida, onde ele estava ?

Olhou ao redor e compreendeu.

Quase chorou, mas, começou a rir...

Tudo fora um sonho,

um maravilhoso sonho que nunca deveria ter acabado.

Ainda sentindo a magia do sonho, abriu a janela e deixou

o sol iluminar o sorriso que anda trazia nos lábios.

A vida amanhecia, e ela esperaria a noite chegar mais uma vez,

para sonhar...


Maria Bonfá

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Era para ser




































..."Era para ser amor,
mas se transformou um uma
dolorosa saudade"...


Maria Bonfá
04/10/2012










Provoca-me



































Provoca-me o deslizar
dos seus dedos em minha pele macia...
Meus pelos vão se eriçando,
Estremeço!
Oh! Doce e lenta agonia!...

Maria Bonfá
04/10/2012

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Um novo dia




































É madrugada!.
E comigo se deita o silêncio.
As sombras, minhas companhias...

Se aproxima o desassossego e
A ansiedade fica a me cutucar.
As horas se arrastam
E no meu pensamento
Você fica a me provocar...

Saudades usam disfarces
E acenam para dormir comigo e
Meu coração
Ressequido de amarguras,
Fecha-se num silêncio triste
E espero o amanhecer...

Quem sabe o orvalho da manhã
Traga frescor para minha alma
E me de um novo alento
Nesse novo dia!...

Maria Bonfá

sábado, 29 de setembro de 2012

Sem medo...





































Você chegou
Perto de mim
Tão de repente,
E lançou-me um
Olhar ardente.

Meu corpo te quis,
E clamou pelo seu carinho...
Minha boca ficou sedenta
De um beijo molhado.

O desejo fez-me frágil
E tão dependente...
E fui sem medo
viver essa aventura
Inconseqüente...

Maria Bonfá

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Distância



































Distância

Como te amo!
Meu coração está sofrendo,
Sentindo o abandono
Que sua ausência trás...
Tudo me lembra você.

Ouço sua voz no vento,
que desmancha meus cabelos ,
a sussurrar me chamando
De meu amor...

O sol acaricia meu rosto,
deixando em mim
A ternura de uma caricia sua.

A nostalgia toma conta de mim
Por saber que não está aqui.
Sinto o gelo cortante
da sua indiferença,
que me atinge e
Me faz sofrer.

Tentei quebrar o muro
Que nos separa...
Mas não consegui.
A distância ficou maior.
Desisti...
Amei...
Fui amada?...
Não sei...


Maria Bonfá

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Boca que me chama







































Sua boca,
Deliciosa tentação!
Boca que mordisca,
Sussurra...
Beija ávida o meu beijo.

Desliza pelo corpo,
Invade...
Louca, sôfrega...
Provoca!
Boca fremente.
Gulosa, gostosa...

Emite sons que só,
o nosso amor compreende.
Se faz musica.
Entoa o canto dos amantes.
Boca que me chama...
Vem amar!

Maria Bonfá

Seduza-me
































Procure-me...
Mas finja que não me viu.
Enquanto me faço de distraida
Converse com todos ao nosso lado,
Me ignore...

Finja que é a sua timidez
eu finjo que é a minha
Mas chegue mais perto e se sente.
E depois, finalmente,
Seduza-me!

Esbarre sua mão em mim sem querer.
Por favor, adiante-se
E me beije!
Provoque o toque e vamos daqui.

Nosso corpo e o tempo a pulsar
Em algo doce, quente e audaz
Para você me irromper
Me sublimar.

Sua mão, sua boca
Doce abismos,
Por onde despenco, deliro,
Ao final, de alegrias me fadigue.
e amanhã ou outro dia
Me ligue, e outra vez
vem depressa me seduzir


Maria Bonfá

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Amo-te...




































Amo-te
perdidamente...
Amo o teu sorriso,
Teu olhar que
me faz sentir
que toquei o céu...

São como uma melodia
cheia de encantamento
para mim...
Minha alma dança
de alegria quando
estou contigo,

Fico a te olhar
embevecida
amando cada traço,
cada contorno seu

E vendo-me assim
seu olhar se faz terno
e apaixonado...
estremeço de expectativa,
nos fitamos em silêncio

E o amor transborda
em nós...
toco seu rosto
com minhas mãos
que tremem de paixão
e com um beijo
selamos esse momento
único para nós...
Amo-te amor meu!...


Maria Bonfá

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Noite de amor


































Noite De Amor...

Nossa noite de amor
Foi algo mágico
Que tirou meus pés do chão
Perdi completamente a razão
Realizei meus sonhos mais loucos
Na mais doce das noites
Noite de tentação

Tive você em meus braços
Sonho desejado e realizado
Me amou com doçura
Deixaste com seus toques
Rastros de ternura pelo corpo meu

Roubou
Da minha boca beijos quentes
Da minha pele o desejo ardente
Com fantasias envolventes
E nos amamos apaixonadamente

Cobriu
Minha boca de delírios
Minha pele de malícias
Meu querer só de pecados
Pecados gostosos
De um sabor inigualável
Tentação a me provocar

Quando voltar
Traga em sua boca
Beijos de amor para me provocar
Em suas mãos o desejo doce
De me acariciar
Para juntos vivermos
Outra noite de amor

Maria Bonfá

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Tão só









































Ela se sente tão só!...
Tudo é solidão
com gosto de abandono.
Sente-se vazia de vida e,
cheia de perguntas
que nunca terão respostas.

Pensa e repensa em tudo.
Fica ali vendo a vida passar
sentada na calçada da vida.
Longe de tudo e de todos.
observando a vida que flui.
Não se sente parte de nada.
nem de ninguém
nada é seu.

Está tão só! Sente tanta solidão!
Onde estarão os amores que viveu?
Se foram, buscaram outros sonhos,
e outros amores.

Sente que pedaços de sua alma
foram arrancados.
Um vazio atroz a consome.
sente que nunca vai ser preenchido.
Pensa em sua vida...
O que é viver?
Ela nunca soube e sente que nunca saberá.

O seu entardecer chegou.
e vê que nada conquistou
nada realizou.
Havia sonhado tantos sonhos!
Fizera tantos planos!

Neles ela riu, aconteceu e muito amou.
Nesses sonhos... Ah! Nesses sonhos
Quantas bocas ela beijou...
E quantas noites de amor ela viveu.

Mas foram somente sonhos.
vagas quimeras.
Acordou dos sonhos e viu somente ruínas.
e escombros.
Um vazio terrível, um nada além de nada.
Hoje ela se sente inteira solidão.
Falta algo... Falta vida enfim.

Tão só! Somente pedaços, enfim!...

Maria Bonfá
11/09/2012

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Novo dia


















O dia começa a despertar.
O sol ainda sonolento e preguiçoso
verte seus raios quentes.
 E os pássaros alegres cantam o bom dia à vida
deixando uma cantiga no ar.

Vida de recomeços incessantes,
de novas esperanças e sonhos.
E o burburinho se faz cada vez mais forte.
É a vida que sorri para todos
mesmo que seja um sorriso triste.

Mas sorri sempre. É vida no ar
é cheiro de amor é cheiro de paixão
é o seu cheiro. É o meu amor. É você.


Maria Bonfá
11/09/2012


sábado, 8 de setembro de 2012

Descobertas


















.."A vida ao seu lado,
todo dia ganha um novo sabor.
Sabor de descobertas
e de cores infinitas"...

Maria Bonfá
08/09/2011

Quero você


















Hoje eu queria sentir,
o seu olhar de ternura.
E beijar o teu sorriso atrevido.

Hoje eu queria...
...(eu quero!)...
Ter você aqui, perto de mim.

Maria Bonfá
08/09/2012

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Amo-te tanto




















Amo-te tanto!
Sempre fui tão apaixonadamente tua!
E nunca me percebestes .
E no entanto, és meu céu
Meu sol, minhas estrelas.

Eu te busco tanto!
Em cada canto.
Em cada rosto,

Te procuro no inverno e no verão.
No desabrochar da primavera.
Na chuva que cai refrescante,
num dia de calor.
E no sono profundo no meu cansaço.
Eu te sonho tanto!

Te sinto no luar!
quando,ele entra pela janela.
São seus olhos ali, a me fitar.
És meu tudo.
Meus sonhos e meu infinito.

Somente um dia,
seu olhar passou pelo meu.
Fitou-me por um instante.
Nada mais.
Naquele dia
Eu nasci para a vida.
Eu te sonhei...
Eu te amei.

Eu te amo tanto!



Maria Bonfá
11/01/12